SPFW Verão 2013 - 2º Dia
O segundo dia da edição verão 2013 do SPFW (12) começou fora da Bienal, com duas apresentações da nova coleção de Paula Raia, na loja da estilista, no Itaim - São Paulo. De volta à Bienal, o dia continua com desfiles da Ellus, Movimento, Iódice e Ronaldo Fraga.
Paula Raia
A coleção apareceu recheada de transparências em lugares estratégicos e muito tecido leve, criando peças super femininas e com sensualidade, perfeitas para as mulheres casual-chic. Paula quis expressar exatamente o espaço que existe entre o tecido e o corpo, e foi o que aconteceu. A pele da mulher foi valorizada e, apesar de deixar o corpo bastante à mostra, não passou nem perto da vulgaridade. Os decotes também se destacaram, seja em um V profundo na parte da frente, ou quadrados ousados nas costas. Os tops sem decotes ganharam gola tipo Peter Pan, com bordados que deram um brilho suave aos elementos.
Ellus
A Ellus foi a primeira grife a desfilar na Fundação Bienal nesta terça-feira. Os convidados que lotaram a sala tiveram a oportunidade de fazer um verdadeiro mergulho nas profundezas do oceano. Isso porque a grife, que apresentou a coleção com o tema Night Diving, colocou na passarela todos os itens que nos fazem lembrar um mergulho no mar. Consequência disso foi a cartela de cores que basicamente não saiu do azul marinho, preto, xinza, grafite e branco. Para o verão 2013, a estilista Adriana Bozon apostou em peças de alfaiataria mas com aparência bastante esporte, além do couro. Apesar de a coleção ser bastante escura no geral, a leveza ficou por conta dos looks feitos em organza e seda, que causaram movimento e fluidez. O nylon estampado deu um ar informal ao lado da ráfia. Os desenhos lembraram o fundo do mar e as texturas de algumas peças lembraram escamas de peixe.
Movimento
Movimento foi a primeira marca a colocar na passarela os "verdadeiros" trajes de verão: maiôs e biquínis. A grife apostou em um contraste entre a força do militar com cores e camuflagem colorida e a delicadeza das flores, em estampas liberty e naturais. A estética militar misturada com a fantasia tropical foi a principal inspiração. Os acessórios foram destaque no desfile: maxi pulseiras que lembram cordas, viseira dourada e brincos grandes com estrelas penduradas. Os maiôs também seguiram o estilo e ganharam gloas douradas e com adereços pendurados. Além disso, essas peças inteiras ganharam cortes, decotes e amarrações.
Iódice
A grife levou à passarela uma coleção sofisticada e feminina. A principal inspiração da coleção foi o movimento das águas, por isso, a linha de verão é bastante leve e esvoaçante. O desfile começou com vestidos clássicos com corte reto, shape ajustado, tomaras-que-caia ou com alças com cortes largos e em formato nadador, na maioria das vezes com comprimentos na altura do joelho. Não demorou muito para que as peças fluidas aparecessem. Os vestidos feitos em camadas de seda e jacquard com cintura marcada tinham estampas em arabescos. O crochê aberto foi aplicado em vestidos inteiros combinados com maiôs e em vestidos com a parte de cima inteira de artesanato, que deixaram a pele das mulheres bastante à mostra. Os trajes de banho, principalmente os maiôs, apareceram com recortes ousados e modernos, Às vezes combinados com vestidos de comprimentos mais curtos.
Ronaldo Fraga
A coleção de Ronaldo teve estampas diversas, desde plantas e pássaros até madeiras, mandalas e cortes de troncos de árvores cortados. Para destacar ainda mais os itens da Amazônia, no sudeste do Pará, as texturas foram completamente exploradas tanto em tecidos quanto em aplicações de franjas e paetês em algumas peças. O linho foi um dos grandes destaques, responsável por criar looks fluidos e com shape desajustado ao corpo. Mesmo com a grande quantidade de estampas, a cartela de cores começou com grande percentual marrom, cáqui e off-white, mas não demorou muito para que as cores vibrantes aparecessem. Alguns vestidos ganharam saias mais estruturadas por barbatanas colocadas em arcos discretos, já outras eram feitas totalmente por peças sólidas e pequenas que lembravam madeira e permitiam que as blusas ou os vestidos fossem moldados no corpo das modelos.
Matéria retirada do site Terra
